DIÁRIO DE BORDO
N. 03
Tema: “PRAXE” EM PORTUGAL E O “TROTE” NO BRASIL
Data: 14 de
fevereiro de 2014, 10h.
Diferente do calendário letivo
brasileiro, aqui o início do semestre é no mês de setembro. Nos primeiros dias
de aula observei a movimentação de alunos em torno da Cidade Universitária, uns
uniformizados e outros fantasiados. Quanto não pintados, correndo, gritando e
cantando. É a “praxe” universitária.
No Brasil, a prática de recepção aos
calouros no mundo acadêmico é chamada de “trote” e tem muitas semelhanças com a
“praxe” portuguesa, entre elas, a violência e agressão aos universitários.
Casos de abusos físicos e
psicológicos não faltam, basta lembrar a morte do estudante aprovado na
Faculdade de Medicina da USP, em 1999, afogado em uma piscina. O fato é que as “praxes” e os “trotes” são
rituais de passagem, mais um, em nossa sociedade, mas o acolhimento acadêmico não
deveria ser fatal e nem agressivo.
Em Portugal, a morte de seis estudantes
da Universidade Lusófona na praia do Moinho de Baixo, na madrugada do dia 15 de
dezembro de 2013, reacendeu o debate sobre a “praxe” que, em 2008, foi pauta no
relatório pela Comissão de Educação e
Ciência (2008) e disponível em http://www.esquerda.net/sites/default/files/relpraxesar2008.pdf.
O triste acontecimento de Meco ainda
está sendo investigado enquanto as famílias e amigos choram inconsoláveis pelo
falecimento daqueles jovens. A notícia está na mídia e para maiores informações
consultar:
Ariza Rocha
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